Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria de

Obras Públicas

Início do conteúdo

Secretaria de Obras Públicas e Metroplan apresentam os resultados finais do estudo para contenção de cheias do Baixo Caí

Publicação:

20141013142542-dsc8324.jpg
Comunidade de Pareci Novo, São Sebastião do Caí, Harmonia, Capela de Santana e Montenegro participaram da última audiência s - Foto: Ramao Alvares

Pela primeira vez na história o governo do Estado se sensibilizou com décadas de inundações ao longo do Rio Caí e buscou alternativas para minimizar o feito das cheias do Baixo Caí, que notadamente tem se caracterizado com uma região extremamente suscetível à ocorrência de enchentes.  Diante disso, a Secretaria de Obras Públicas juntamente com a Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) entregaram nesta quinta-feira (09), em Montenegro, o reultado do estudo com  as melhores propostas para municípios de interesse, cujas áreas urbanas localizam-se ao longo de 88 quilômetros do curso do rio Caí, em sua porção mais baixa: Pareci Novo, Harmonia,  São Sebastião do Caí e Montenegro.

 De acordo com o estudo relizado pela empresa Engeplus/Aerogel, ao longo de 13 meses, cerca de 30 aspectos de viabilidade foram analisados. Porém, as opções de construção de dique de proteção e corta rio, dique de proteção junto à cidade, conivência com as cheias, desapropriação, bem como o zoneamento e sistema de alerta apresentaram melhores resultados.

 A melhor alternativa para Montenegro foi a implantação de corta rio e dique, com o custo de R$ 44,4 milhões; Para São Sebastião do Caí, o estudo mostra que a construção de dique junto à cidade é o mais eficaz, com o custo de R$ 38,8 milhões. Já para Harmonia, Pareci Novo e comunidades de Matiel, Bananal e Várzea, e trecho da RS124, a melhor opção estudada é a convivência com as cheias, devido ao número de pessoas e área afetada comparadas com o custo para a implantação de obras ou desapropriação dos moradores. Entretanto, o trabalho sugere que para todos os casos seja adotado o sistema de Zoneamento e Sistema de Alerta.

 O estudo também contou com a participação popular, onde 650 questionários foram respondidos. O resultado revela que a população de Montenegro  é  favorável a construção do dique fora da cidade e o sistema de corta-rio.  Já as comunidades dos municípios de São Sebastião do Caí e Pareci Novo não são favoráveis à obra de engenharia. E  a comunidade do município de Harmonia é favorável a solução de calha.  

 Embora a população ainda esteja dividida, e conforme o acordo da última audiência, a SOP e a Metroplan , encaminharão à Fepam, até o mês que vem, os projetos contra as cheias no trecho do Vale do Caí. A Fundação vai readequar e propor um novo estudo voltado ao impacto na agricultura arrozeira para Capela de Santana.  Já Montenegro é favorável a alternativa da construção de um dique fora da cidade e o sistema de corta rio. O custo das alternativas estruturais para a região gira em torno de R$130 milhões.

 Além de solicitar à Fepam, a licença prévia ambiental, a Metroplan vai continuar assessorando os municípios para que a comunidade chegue a um consenso, como o município de Montenegro. O governo do Estado  investiu R$ 1,4 milhão nos estudos. Durante um ano, foram avaliados a quantificação das cheias, viabilidade técnica, econômica e ambiental. "Com os dados os prefeitos poderão fazer seus planos de drenagem, planos diretores, além do plano contra  de cheias", destaca o Superintendente da Metroplan, Oscar Escher. 

Texto: Luciana Debom / ASCOM SOP

Arquivos anexos

Secretaria de Obras Públicas